sexta-feira, 11 de março de 2011

Parceria do Medicos sem fronteiras e CIACOM

Portus é uma comunidade do bairro de Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro, formada com o objetivo de abrigar moradores de rua e de áreas de risco de diversas partes do Rio, contabilizando quase 1000famílias. Nesta época, Médicos Sem Fronteiras (MSF) já trabalhava com parte das pessoas transferidas na favela do Coqueirinho, debaixo de um viaduto da cidade, e acompanhou-as até Portus. Lá, as pessoas receberam uma casa, porém ainda havia a necessidade de a eles serem oferecidos apoio à integração social e assistência à saúde. Foi neste âmbito que MSF desenvolveu seu trabalho na nova comunidade, através do Programa de Saúde da Família (PSF).
O atendimento é realizado a partir do Núcleo Comunitário Social e de Saúde de Portus, através de uma equipe formada por um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem, uma assistente social e cinco agentes comunitários de saúde. Todas as famílias são cadastradas e monitoradas pelos agentes, através de visitas domiciliares.


A assistência à saúde é feita principalmente com ações preventivas. As pessoas que precisam de um atendimento mais especializado são referenciadas à Unidade Municipal Social e de Saúde de Costa Barros ou a outras unidades da rede pública de saúde, e a equipe de MSF acompanha os tratamentos.
Em Portus, são também desenvolvidas atividades sociais e de educação em saúde. Uma assistente social orienta e auxilia na obtenção de documentos e busca de trabalho. A equipe presta assessoria para a realização de fóruns comunitários, que são encontros mensais onde os moradores se reúnem para levantar os principais problemas da comunidade.
As atividades sociais foram realizadas em parceria com a ONG comunitária CIACOM (Centro Integrado de Ações Comunitárias), montada por moradores que participaram do curso de Capacitação de Gestores Comunitários, organizado por Médicos Sem Fronteiras

Em outubro de 2001, foi realizada uma pesquisa para medir a satisfação da comunidade com o serviço. Os resultados mostraram que, nos 6 meses anteriores, 76,2% das famílias da comunidade haviam freqüentado o núcleo de saúde da família pelo menos uma vez, sendo que 39,6% disseram se tratar exclusivamente em Portus. 77,1% das famílias que freqüentam o núcleo consideram que o atendimento recebido resolveu seus problemas de saúde e 86,2% das casas receberam visita domiciliar médica. Em novembro de 2001, o projeto foi repassado para a ONG Campo.
Depoimento
"Muitas vezes a gente não tem dinheiro pra gente próprio ir ao médico ou pra levar um filho da gente. A gente já tem médico aqui perto, às vezes a criança passa mal, a gente não precisa ir tão longe que aqui mesmo tem". Norivalda Isaías, moradora de Portus - Rio de Janeiro – RJ. 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário