terça-feira, 30 de agosto de 2011

Professores admitem defasagem em relação às novas tecnologias, diz estudo

Professores admitem defasagem em relação às novas tecnologias, diz estudo

A primeira edição da pesquisa TIC Educação, feita pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), revelou que 64% dos professores admitem a defasagem sobre o uso do computador em relação a suas turmas.
O estudo visa identificar o uso dos computadores e da internet nas escolas brasileiras, além de analisar se o conteúdo aprendido se transforma em conhecimento. Para a realização da pesquisa, participaram 1.541 professores, 4.987 alunos, 428 coordenadores pedagógicos e 497 diretores de 497 instituições de ensino da rede pública estadual e municipal.
Um dos desafios para integrar as tecnologias da comunicação e da informação às atividades pedagógicas em sala de aula é o uso do computador, conhecer as suas ferramentas e como funciona. Os professores, hoje, desconfiam do conteúdo oferecido pela internet porque ainda não têm uma boa aproximação com a tecnologia.
A pesquisa revela que os professores, com idades entre 31 e 46 anos ou mais, não são nativos digitais e, por isso, torna-se imprescindível a capacitação do professor. “Os nativos digitais são pessoas que nasceram a partir da década de 80 em uma sociedade rodeada de tecnologia. Muitos docentes ainda não conhecem o potencial de tecnologias ou de recursos tecnológicos que podem usar em sala de aula, seja por falta de capacitação ou de recursos na escola, o que acarreta em aulas ainda moldadas nos métodos tradicionais de ensino”, explica a pedagoga Emileide da Costa.
Segundo informações da pesquisa, quase um terço dos professores acredita mais nos métodos tradicionais de ensino, como o uso de livros, aulas expositivas e até mesmo pesquisas em bibliotecas, ao invés de usarem os recursos tecnológicos da internet, que é considerada o principal meio de comunicação e de relação entre pessoas.
Fonte: Portal Educação

domingo, 28 de agosto de 2011

Projeto patrocinado pela Petrobras ensina jovens a solucionar conflitos na escola

750 alunos da rede municipal serão agentes de paz .
Alunos de cinquenta escolas cariocas - a maioria localizada em regiões com altos índices de violência - vão participar do projeto Jovens e seu potencial criativo na resolução de conflito, que será lançado no Teatro Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro, no dia 29 de agosto (segunda-feira). Durante dois anos, cerca de 750 jovens e 150 professores vão criar Núcleos de Paz e promover "círculos restaurativos" sempre que houver situações de conflito no ambiente escolar. O projeto integra o Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania.
Vinculados ao conceito de justiça restaurativa, os círculos reforçam valores como a participação, a autonomia, o respeito, a busca de sentido e de pertencimento na responsabilização pelos danos causados. Utilizada em escolas de São Paulo desde 2006, a metodologia da Justiça Restaurativa fez diminuir a violência e trouxe soluções que aproximaram a área da Educação e o poder judiciário, ao substituir medidas punitivas por soluções alternativas.
Um bom exemplo de como funciona o método é o caso da aluna de uma escola paulista, que depois de quatro anos sendo xingada por um grupo de meninos, agrediu fisicamente o líder destes. Colocados frente a frente, a garota explicou que o complexo causado pelos xingamentos a levou a meses de depressão e de ausência escolar. O garoto agredido entendeu a colega, pois depois de ter apanhado, passou a ser também xingado pelos colegas. O colégio aproveitou o entendimento entre as crianças e realizou com todos os estudantes um trabalho sobre bullying - termo que define violência física ou psicológica.
A iniciativa é fruto de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP), ONG especializada em educação e comunicação, e conta com patrocínio da Petrobras. Entre os presentes no evento, destaca-se a participação da convidada especial Kay Pranis, referência mundial em Justiça Restaurativa. A americana é autora do Manual Básico de Processos Circulares e desde 1998 dá consultoria sobre o assunto. Ela veio ao país para capacitar a equipe de facilitadores do projeto atuantes nas escolas. Também estarão presentes Claudia Costin, secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Luciane Pires, gestora de Responsabilidade Social da Petrobras, Claudius Ceccon, diretor do Centro de Criação de Imagem Popular, e Monica Mumme, coordenadora do Núcleo de Educação para Paz.
.[ Lançamento do projeto Jovens e seu potencial criativo na resolução de conflitos, no dias 29 de agosto (segunda-feira), às 17 horas, no Teatro Calouste Gulbenkian, rua Benedito Hipólito, 125, Centro, Rio de Janeiro (RJ) .Inscrições: inscricao@cecip.org.br. Mais informações sobre o método Justiça Restaurativa podem ser encontradas em: http://www.cecip.org.br/index.php option=com_content&task=view&id=325&Itemid=317 ].

sábado, 13 de agosto de 2011

Vão faltar alunos para bolsas de estudo do governo


Entrevista: Marcelo Knobel
Vão faltar alunos para bolsas de estudo do governo
Para pró-reitor de graduação da Unicamp, Brasil terá dificuldades para cumprir objetivo de Dilma: achar 75.000 candidatos capacitados para estudar no exterior Nathalia Goulart
"Outro ponto que me preocupa é o caráter unilateral do programa do governo, ou seja, o principal objetivo dele é enviar estudantes para fora, e não adotar mecanismos que tornem nossas universidades uma real possibilidade de estudo para os estrangeiros"
Há cerca de um mês, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo federal investirá, nos próximos anos, na concessão de 75.000 bolsas de estudo para que brasileiros realizem graduação ou pós-graduação no exterior. É uma ótima iniciativa. Contudo, podem faltar bolsistas gabaritados para esse fim. Ao menos é o que aponta Marcelo Knobel, pró-reitor de graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
 "Será um desafio para o Brasil conseguir preencher essa quantidade de vagas, que exige estudantes de alto nível acadêmico e que dominem a língua inglesa. Afinal, eles disputarão uma vaga nas melhores universidades do mundo", diz o acadêmico. Enviar estudantes brasileiros em quantidade desejável para o exterior não é o único problema a vitimar a educação de nível superior no Brasil – e a tirar o sono do pesquisador.
Também falhamos, na visão dele, na tarefa de atrair estrangeiros. Em recente artigo publicado em parceria com a Universidade da Califórnia (UCLA), Knobel discute o baixo nível de internacionalização das universidades brasileiras, o que se traduz na dificuldade dessas instituições de participar de forma intensa do circuito internacional de cultura e conhecimento. Entre as razões do problema, estaria a limitada mobilidade internacional de alunos e docentes nas universidades brasileiras. Basta comparar: na Universidade Harvard, por exemplo, apontada a número um do mundo em diversos rankings internacionais, 20% de estudantes da graduação são estrangeiros. 
Na Unicamp e na Universidade de São Paulo (USP), duas das principais instituições brasileiras, a taxa não ultrapassa 3%. "A internacionalização tem se consolidado como fator fundamental para a excelência universitária", diz o especialista. "É fundamental que nossas pesquisas tenham impacto internacional e, para isso, temos que promover um intercâmbio intenso", diz. Confira a seguir a entrevista que ele concedeu ao site de VEJA.
Divulgação/Unicamp
Knobel: internacionalizar é preciso
Como o senhor avalia o projeto de financiar 75.000 bolsas de estudo no exterior, para graduação e pós-graduação de estudantes? É uma iniciativa positiva, que auxilia no projeto de internacionalização das universidades brasileiras. Mesmo assim, acredito que seja um projeto ambicioso demais, considerando-se a realidade brasileira. No tocante ao número de bolsas, acredito que ele poderia ser mais modesto. Será um desafio para o Brasil conseguir preencher essa quantidade de vagas, que exige estudantes de alto nível acadêmico e que dominem a língua inglesa. 
Afinal, eles disputarão uma vaga nas melhores universidades do mundo. Outro ponto que me preocupa é o caráter unilateral do programa do governo, ou seja, o principal objetivo dele é enviar estudantes para fora e não adotar mecanismos que tornem as nossas universidades uma real possibilidade de estudo para os estrangeiros.
A que o senhor se refere exatamente quando fala em internacionalização das universidades? A internacionalização é o processo de cooperação internacional das universidades. Isso significa enviar estudantes de graduação, professores e pesquisadores a instituições de ensino superior estrangeiras e promover a entrada de estrangeiros nas universidades brasileiras. A experiência é enriquecedora tanto para os alunos e docentes envolvidos, que incrementam suas experiências e conhecimentos, como para a universidade, que recebe profissionais mais experientes e que proporcionam um diálogo muito mais rico para o ambiente acadêmico.
 No exterior e também no Brasil, a internacionalização tem se consolidado como fator fundamental para a excelência universitária.
USP e a Unicamp ainda não figuram entre as cem melhores universidades do mundo, segundo rankings internacionais. Qual é o peso do baixo nível de internacionalização de nossas instituições no desempenho do Brasil naqueles rankings? 
Existem aspectos positivos que devem ser vistos quando analisamos os rankings. Se por um lado não estamos entre as cem melhores, as estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) são as únicas universidades da América Latina que aparecem entre as trezentas melhores. Não é pouca coisa. Outro aspecto importante é que as universidades brasileiras são muito jovens: a USP é da década de 1930 e a Unicamp tem menos de 50 anos, por exemplo. O ensino superior no Brasil é jovem e tem se consolidado de uma maneira acelerada. Mas é claro que os desafios não devem ser deixados de lado e a internacionalização é parte importante disso. É fundamental que as nossas pesquisas tenham impacto internacional e, para isso, temos que promover um intercâmbio intenso. 
Tenho certeza que esse quadro será radicalmente mudado nos próximos anos.
As universidades brasileiras estão comprometidas com a internacionalização? Certamente, as universidades públicas despertaram para essa preocupação. O projeto do governo federal de criar mais bolsas de estudo aponta nessa direção. Mas o Brasil ainda enfrenta enormes barreiras para consolidar a atuação internacional de nossas universidades.
Que barreiras são essas? Algumas são de ordem burocrática. Obter um visto, alugar um apartamento, abrir uma conta no banco – tudo isso soa trivial, mas é muito complexo e burocrático para um estrangeiro que venha estudar ou ensinar no Brasil. Outras questões são mais profundas, como, por exemplo, a língua. No Brasil, o inglês ainda é uma barreira para nós: as aulas são ministradas em português e existem poucas iniciativas em língua estrangeira.
Como superar essas barreiras? Em grande parte, isso depende de políticas públicas, ou seja, de iniciativas federais que ajudem de maneira deliberada a entrada e permanência de estudantes e professores estrangeiros no Brasil. Mas as universidades também devem buscar saídas: é possível estabelecer parcerias com instituições ou empresas privadas que estejam engajadas na questão da internacionalização. Um exemplo: cada vez que um estrangeiro vem à Unicamp, tem dificuldade de alugar um apartamento, devido a questões contratuais de qualquer operação desse tipo. Para sanar essa dificuldade, estabelecemos parceiras com as imobiliárias para que o processo seja menos burocrático.
O que Unicamp tem feito em favor da internacionalização? Temos participado de diversas redes de cooperação internacional para enviar e receber um número cada vez maior de alunos. Também temos promovido a vinda de pesquisadores através da concessão de bolsas de estudo. Paralelamente, estamos criando mecanismos para que esses pesquisadores estrangeiros tenham condições de continuar na Unicamp, se assim desejar. Para isso, estamos viabilizando concursos públicos em inglês: dessa forma, a língua deixa de ser uma barreira. Também estudamos maneiras de oferecer disciplinas em inglês na nossa grade curricular.
A parceria entre universidade e empresas privadas, principalmente na área da pesquisa, é uma características das grandes universidades do mundo. No Brasil, ela costuma ser vista com maus olhos. Qual a opinião do senhor sobre o assunto? Na Unicamp, isso é um ponto pacífico. Muitas pesquisas são feitas em parceria com as indústrias e empresas privadas e existe uma transferência de tecnologia. O desafio agora é de outra ordem. É transformar o conhecimento científico em inovação. 
Hoje, temos um cenário consolidado de pesquisas de ponta e de projetos reconhecidos, mas isso ainda não é transformado em ciência aplicada, em riqueza. Nesse quesito, o Brasil ainda está longe dos principais atores mundiais. A filantropia é outro cenário que precisa ser valorizado no Brasil. Empresas criadas dentro das universidades ou empresários que tenham algum tipo de vínculo com essas instituições deveriam contribuir com a academia, patrocinando pesquisas e institutos. É assim que acontece nos Estados Unidos, por exemplo.

sábado, 6 de agosto de 2011

Isto é incrivel!!!


Após 21 anos preso, Tuchinha, que comandou a venda de drogas na Mangueira, tem carteira assinada pelo AfroReggae

05/08 às 23h41 Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)O governador Sérgio Cabral segura o crachá de Tuchinha: o ex-traficante ganhará R$ 2.500 mensais do AfroReggae para dar palestras a jovens (Foto: Urbano Erbiste / Agência O Globo)
RIO - O único fantasma que ainda ronda a cabeça de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, de 47 anos, um dos últimos remanescentes do tráfico de drogas dos anos 80, é o medo de sofrer uma extorsão por parte de policiais corruptos. Na sexta-feira, o ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, depois de cumprir 21 anos de prisão, em dois tempos, saiu da cadeia para trabalhar, com carteira assinada, como assessor direto do coordenador do AfroReggae, José Júnior, de quem receberá R$ 2.500 para dar palestras aos jovens, buscando retirá-los do caminho do tráfico.
VÍDEO: Confira entrevista exclusiva com o ex-traficante Tuchinha
Tuchinha, beneficiado pelo regime semiaberto, conseguiu um trabalho extramuros, ou seja, durante o dia baterá o ponto no AfroReggae e, à noite, dormirá no presídio. Em seu primeiro dia de liberdade na sexta-feira, ele esteve como governador Sérgio Cabral, durante uma visita a UPA de Bangu. O O governador disse para ele honrar o crachá do AfroReggae. Num dia de sol morno, a primeira sensação foi de alívio.
- Nada paga o preço de saber que a minha família está em segurança. Poder andar tranquilo, sem ter a preocupação de que vai vir a polícia para me prender. Minha cabeça está tranquila - disse Tuchinha.
Mas no fundo, ele ainda tem receio de como a polícia vai tratá-lo no dia a dia, do lado de fora da cadeia. O medo não é à toa, para quem teve um membro da família sequestrado por policiais da banda podre. É tocar no assunto para os olhos de Tuchinha ficarem marejados:
- O perigo maior é eles (policiais) pensarem que eu tenho dinheiro para mineirar (extorquir dinheiro). Já esqueci isso (o sequestro do parente). Vida nova. O passado está enterrado.
Ao ser perguntado se a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira foi um dos fatores que influenciou a sua desistência de ficar à frente do tráfico da favela, Tuchinha nega veemente. Segundo ele, quando foi preso pela segunda vez, em 2006 , na época em liberdade condicional, o ex-chefe do tráfico da Mangueira, preso em Aracaju (SE), disse que atuava como uma espécie de conselheiro, mas garante que já estava fora do tráfico. Ele conta que era compositor, profissão que pretende abandonar:
- Fui preso porque estava no samba. Acabei ganhando as manchetes dos jornais. Agora, querem dizer que eu ganhei com o meu samba na Mangueira, porque fiz pressão pois era o cara. Se fosse assim como é eu ganhei na Porto da Pedra, em 2006, onde não conhecia ninguém? Um ano depois emplaquei na Mangueira, no Tuiuti e na Lins Imperial. Além disso, eu havia perdido outras três vezes, antes de 2007 - justificou.
Tuchinha: ele terá que trabalhar de dia e voltar à noite para a cadeia (Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo)
Sobre as UPPs, Tuchinha responde que acha a ideia boa, desde que a polícia trate o morador com respeito. O ex-chefe da Mangueira ainda é do tempo em que a política assistencialista imperava nas favelas do Rio, prática adotada por uma das mais antigas facções criminosas. Em troca, moradores abriam as portas de duas casas para esconder o "benfeitor" durante ações policiais na favela.
- Antigamente, os moradores me respeitavam por causa da minha filosofia: respeitar a comunidade. Eu tenho amor pela Mangueira. A minha gestão no morro foi de não entrar em confronto. Todos os moradores lá me conhecem e sabem como eu sou. A polícia tem que aprender que deve respeitar para ser respeitada - ensina o ex-traficante.
Hoje, os tempos são outros na Mangueira. Na opinião do ex-traficante, a entrada do crack nas favelas do Rio é o fim da juventude. Por isso, procurou a ajuda do AfroReggae.
- A Mangueira foi a última a aceitar o crack. Sempre estive na luta para evitar a entrada da droga maldita. Mandei acabar com os carros abandonados em frente à favela, antes de ser preso pela segunda vez, para evitar que virassem pontos de viciados - lembrou Tuchinha.
Ele conta que a droga entrou no Rio com a aproximação de uma facção de São Paulo com a do Rio:
- Os traficantes paulistas mandavam a cocaína, mas davam descontos para quem comprasse com o crack. Algumas comunidades começaram a comercializar da droga. Como crescimento do vício do crack, o movimento dessas comunidades cresceu, enquanto outras minguavam. Todo mundo acabou vendendo o crack. Agora, é essa epidemia.
Com a experiência de quem foi chefe do tráfico por pelo menos , Tuchinha diz que o caminho para frear a onda do crack é as autoridades evitarem a entrada das drogas, policiando as fronteira:
- A cocaína não é produzida aqui. Enquanto tiver entrando, isso vai piorar cada vez mais. Esta droga é o fim. As pessoas estão mais violentas. Quero um Rio de paz para a minha família.
Uma das primeiras missões que terá a frente do AfroReggae é convencer o irmão, o traficante Polegar do tráfico:
- Eu botava o Polegar no colégio, cobrava boas notas, mas fui preso e perdi as rédeas. Agora, vou dizer para ele e para os outros jovens: perdi a minha juventude. Dinheiro, mulher, nada vale a pena. É pura ilusão. Não há dinheiro que vai pagar. Vou tirar os jovens do caminho errado.
Tuchinha entrou para o crime em 1983. Foi preso pela primeira vez, em 89, quando, cumprindo 17 anos de pena.